segunda-feira, 20 de abril de 2009

Filmes - Parte 1

Tá, eu admito. Fiquei morrendo de inveja do penúltimo post da Woonka, até porque ela viu uns filmes que eu queria ver antes de mim. *bitch mode ON*. Mentira. Os únicos que eu queria ver eram Número 9 e Um Crime Americano. Já vi Watchmen (excelente *-*), e enquanto eu viver vou tentar não assistir Espartalhões (W, quem te enganou falando que esse filme era bom?).

Enfim, vamos direto ao assunto. Como a própria Woonka já havia comentado, eu sou mesmo metido a crítico de cinema assim como ela, só um pouco mais arrogante e criterioso. =D

Depois da minha longa abstinência, esses foram os filmes que saciaram momentaneamente minha fome cinéfila.

Linha de Passe (Brasil, 2008) Dir.: Walter Salles e Daniela Thomas.

Provavelmente um dos melhores filmes que eu vi esse ano, e talvez, o melhor filme brasileiro do ano passado. Linha de Passe é uma brisa de ar fresco para o cinema brasileiro super saturado com os considerados "favela movies" ou com as comédias sem sal produzidas pela Globo Filmes (Se Eu Fosse Você 2?). Contando com um elenco formado em sua maioria por atores desconhecidos do grande público e com uma direção discreta, mas eficiente de Salles e Thomas; o filme atinge uma verossimilhança impressionante que nos faz entrar em sua história e nos importarmos com o destino de seus personagens.
Que, aliás, estão sempre em busca de alguma coisa, seja de um emprego melhor, um carreira como jogador de futebol, a busca pela fé, ou até mesmo pelo próprio pai. Os quatros irmãos do filme representam a imagem da vida urbana e como eles lidam com ela, algo que não seria possível sem a forte figura de sua mãe (Sandra Corveloni numa simples, mas poderosa atuação.).
Encerrando com um final(ou finais) aberto(s), os diretores fizeram uma ótima escolha, já que nenhuma resolução seria justa àquelas complexas pessoas e mesmo que, algo não terminasse bem, eles se reerguiriam e tentariam tudo de novo. Assim como na vida.

Nota: 10

Dúvida (Doubt, EUA, 2008) Dir.: Jonh Patrick Shanley

"O que nós fazemos quando não temos certeza?" esse é um questionamento trazido pelo filme através do personagem de Philip Seymor Hoffman, Padre Flynn logo no início do filme. E é justamente, a dúvida e as inqueitações em volta dela que permeiam toda a narrativa. Será que o Padra Flynn esconde algo? Ou será que a Irmã Aloysius está apenas tentando o derrubar por não aprovar seu comportamento?
Pontuado por falas marcantes e longos embates entre seus personagens principais, Dúvidas jamais nega sua origem teatral, o que de certa forma o fortelece. Já o diretor (e também roteirista) conduz a história com segurança, chegando ao ápice em uma cena que intercala um sermão com penas voando no céu (uma das mais belas cenas do filme).
Mas, a verdadeira força do filme está em suas atuações, e todas são maravilhosas: Hoffman, Streep, Adams e Davis (esta que em apenas duas cenas contracenando com Streep cria um dos mais impactantes e emocionantes dialogos que eu vi este ano). E, ao final quando ouvimos as frases: "I have doubts. I have such doubts.", sabemos que a emoção do(a) personagem que as diz denota não só a força dessas, mas também, a força do próprio filme.

Nota: 9.5

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